

Para começar esse artigo, faço um desafio a você. Experimente ler apenas essas 525 palavras sem olhar ou atender o celular, sem comer alguma coisa, sem conversar com a pessoa ao lado ou fazer qualquer outra coisa que desvie seu foco desse artigo. Você consegue?
Achou o desafio difícil? Não deveria ser. Estudos comprovam que o ser humano é muito mais produtivo quando focado em uma tarefa específica. Mas por que então estamos sempre fazendo multitarefas? Há uma explicação biológica para tal fato também. Ao finalizar cada tarefa, por menor que ela seja (responder uma mensagem ou e-mail por exemplo), liberamos em nosso organismo a dopamina, que, como sistema de recompensa, nos faz sentir bem após a conclusão de algo.
Mas se temos essa boa sensação, por que não nos faz bem? Porque ela causa um efeito de vício no organismo. Quanto mais checks de tarefas concluídos fazemos, mais queremos fazer. Logo, enquanto não respondemos aquele grupo que está notificando em nosso celular, ficamos nervosos, irritados e pensando nele até lermos as mensagens e enviar a nossa resposta.
Testar antes de entrar no mercado pode ser muito econômico. Através do MVP podemos antecipar necessidades de mercado e diagnosticar produtos ou serviços que poderiam não dar certo. Mas como funciona na prática? O princípio pode ser utilizado para qualquer novo projeto na empresa, mas é mais utilizado na criação e inovação de produtos e serviços. Como exemplo, em uma doceria pequena, antes de comprar diversas embalagens para um novo pão de mel, por que não colocá-lo como amostra para que os clientes testem? Ou utilizar uma mesma embalagem dos pães de mel já existentes? Assim, antes de investir em todo um design novo de embalagem, modelo de precificação e planejamento de divulgação, conseguimos saber se o cliente aprovou a novidade e o quanto estimamos vender!
É importante salientar que o MVP é um mínimo produto, isso significa que precisa do mínimo das qualidades do produto final, apenas para ser testado. Podemos colocar como outro exemplo um sistema online. Mesmo que ele possua falhas de sistema, se ele resolve o problema principal do cliente, é um protótipo a ser testado. Com os testes é possível verificar se o cliente consegue solucionar seus problemas eficientemente e quais funcionalidades são desnecessárias ou necessárias para desenvolver. Isso gera uma grande economia de tempo, consequentemente de recursos também.